Lançamento do livro “Casa velha”, de Machado de Assis
Sinopse: Ao longo de sua vida, Machado de Assis colaborou assiduamente na imprensa com crônicas, poemas, contos e romances. A maior parte dos contos e poemas foi depois selecionada pelo autor para publicação em volume. Já quanto aos romances, dois dos mais conhecidos também vieram a público em partes: Quincas Borba e Memórias Póstumas de Brás Cubas. O primeiro deles, inclusive, foi revisado extensamente quando transformado em livro. Entretanto, por algum motivo Machado não recolheu a novela “Casa Velha” em nenhum dos seus livros. Publicada em forma seriada na revista de modas A Estação, ali ficou esquecida do público até 1944, quando uma pesquisadora a encontrou e trouxe a público. E fez bem, porque a novela tem interesse e retoma questões importantes na ficção do autor. O enredo é bastante simples: um padre se aproxima de uma família tradicional, com o intuito de realizar pesquisas na biblioteca do falecido patriarca. Bom observador, logo percebe o amor existente entre o filho da casa e uma moça de situação social inferior. Percebe ainda que a matriarca da família se opõe ao casamento desigual e que não medirá esforços para impedi-lo, recorrendo mesmo à mentira para conseguir o seu objetivo. A surpresa virá ao final, quando a mentira se torna – em certo sentido muito particular – verdade, com consequências inesperadas.
Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) dedicou-se a praticamente todos os gêneros literários e em todos obteve posição de relevo no seu tempo. Mas é na prosa de ficção que seu nome é sempre lembrado como um dos maiores, se não mesmo o maior, escritores brasileiros. Dentre seus principais livros, destacam-se Memórias Póstumas de Brás Cubas (1880), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908).