A atividade consistirá na apresentação de imagens que retratam personalidades e fatos históricos vinculados a diferentes grupos sociais, com ênfase especial em figuras negro-africanas e afro-diaspóricas. Essa exibição será seguida de uma discussão crítica que visa desnudar as engrenagens do pacto narcísico da branquitude — isto é, o modo como a branquitude se sustenta como referência universal de humanidade, apagando ou subalternizando outras formas de existência. A proposta é provocar um movimento abebênico, no sentido de reverter essa lógica de espelhamento colonizado, abrindo espaço para a construção de identidades e subjetividades negras ancoradas em referências histórico-culturais próprias, potentes e afirmativas. Trata-se, portanto, de fomentar uma ressignificação do olhar e da autoimagem, rompendo com os limites impostos pelo racismo e possibilitando novas formas de pertencimento e afirmação do ser negro.