Entendida como uma atividade que marca o início dos preparativos para a IV Semana da Demografia (SemaDem), que ocorrerá em 2026, a oficina “Presenças que escapam: Os invisíveis nos dados demográficos” tem como objetivo provocar diferentes olhares sobre os territórios de vivência do público alvo, estimulando questionamentos como: quem está aqui, mas não é contado? Por quê? O que isso revela sobre invisibilidade social? Quais territórios e populações não são plenamente capturados por mapas e estatísticas? A SemaDem, em sua quarta edição, trará a temática da (in)visibilidade social frente às bases de dados demográficos, buscando evidenciar quem não é contado e visto, bem como as consequências desses processos para a construção e manutenção das invisibilidades.
Dividida em duas etapas de desenvolvimento, a oficina convidará o público a investigar quem são as pessoas que não estão visíveis nas estatísticas oficiais. Inicialmente, a atividade trará uma discussão sobre a importância das bases de dados demográficos e sua utilização na construção de indicadores que dialogam diretamente com políticas sociais, com o auxílio de um painel interativo que permitirá visualizar os impactos das invisibilidades das populações. Em um segundo momento, a oficina irá construir os mapas afetivos dos lugares de vivência do público, tornando visíveis os territórios, os serviços (saúde, educação, cultura, etc), a população e suas características socioeconômicas e demográficas. Para os mapas afetivos serão utilizados desenhos e ferramentas digitais, a partir dos quais o público presente representará os espaços do bairro ou cidade que têm significado para eles e onde percebem a presença dessas populações invisíveis.
Por meio da atividade que integra a análise do painel interativo de políticas sociais e a construção de cartografias afetivas, o público poderá identificar grupos populacionais “invisíveis” em sua comunidade e refletirão sobre os impactos da invisibilidade na oferta de serviços no território. O projeto convida os estudantes a construir uma nova forma de “mapear” o lugar onde vivem — não só com dados, mas com sentimentos, histórias e percepções.